Oceano
A classe Oceano é bem diversificada, com veleiros de diversos tipos, tamanhos e materiais de construção. Comparando com os veleiros monotipo os da classe Oceano têm maiores dimensões, acomodações internas que possibilitam pernoitar e até morar e, geralmente, têm motor auxiliar.
Esta classe, por ser tão diversificada, quando em regata, precisa de um cálculo de handicap (rating) que possibilite equiparar os barcos prevendo a capacidade de desempenho de cada um fazendo a competição mais justa. Este cálculo, que é muito complexo e envolve muitas variáveis que podem influir na velocidade dos barcos, dá o chamado tempo corrigido. Por esta razão, um barco grande, que tem maior velocidade, pode chegar na frente de um barco menor e perder para este no tempo corrigido. Neste caso, teoricamente o barco menor foi mais bem velejado.
Na vela pernambucana, há três subclasses diferentes da classe Oceano: a RGS, a MOCRA e a VPRS.
A RGS - Regra Geral Simplificada, é uma classe nacional originada no início dos anos 90 no Rio Grande do Sul e, atualmente, está presente nos principais pólos náuticos do país. A classe se caracteriza pela massiva presença de vários barcos de cruzeiro, por levar em conta na definição do handicap de seus participantes, vários acessórios característicos deste tipo de embarcação.
Capitão da Flotilha Recifense de Veleiros de Oceano (FREVO): Álvaro Gonçalves da Fonte Neto (alvarodafonte@gmail.com)
MOCRA - Multihull Offshore Cruising and Racing Association é uma regra para veleiros multicascos, catamarãs ou trimarãs, concebida por uma associação inglesa existente desde 1969 e incorporada pela flotilha nacional com a chancela da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano.
Fonte: site abvo.org.br
Capitão da Flotilha do Iate Clube de Itamaracá: Paulo Francisco Rocha Filho ()
VPRS (Velocity Prediction Rating System) - CÁLCULO DE RATINGS VIA SOFTWARE DE PREVISÃO DE VELOCIDADE - é um sistema de ratings moderno que usa um software de previsão de velocidade (VPP) e um conjunto não muito grande de medições do casco e velas, para obter uma avaliação científica do desempenho do veleiro. As velocidades do barco são previstas para uma variedade ampla de velocidades do vento vindo de diversas direções (mareação). Uma média ponderada das previsões é então tomada e expressa como um coeficiente de correção de tempo (TCC).
Baseado em https://vprs.org/info/VPRS_summary.pdf
As medições e outros dados são cuidadosamente escolhidos para captar variações no equipamento (velas, hélice) e de projeto que têm o maior impacto sobre o desempenho do veleiro. Além disso, as definições de medição são definidas de modo a minimizar as oportunidades de otimização de rating.
O resultado é um sistema de classificação justo, acessível e fácil de usar.